A
Diabetes
tipo II é uma epidemia mundial em países
com problemas
com os hábitos nutricionais e de exercício
físico
e uma obesidade crescente e fulminante. A
obesidade
causa uma perca de equilíbrio no consumo
de insulina
por parte do corpo humano. Nos países
considerados
desenvolvidos, a incidência da diabetes
também tem
vindo a aumentar.
Os
diabéticos
podem sofrer de morte prematura devido a
arteriosclerose
e falha renal (nefropatia). Cegueira,
lesões da
retina (retinopatia), amputação de membros
e lesões
variadas nos nervos do organismo
(neuropatia) também
ocorrem com maior frequência e em níveis
mais elevados
em indivíduos diabéticos.
A
diabetes
é uma doença crónica que se caracteriza
pelo aumento
dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e
pela
incapacidade do organismo em transformar
toda a
glicose proveniente dos alimentos. À
quantidade
de glicose no sangue chama-se glicemia e
quando
esta aumenta diz-se que o doente está com
hiperglicemia.
A patologia na diabetes surge devido a um
descontrolo
no metabolismo dos Carboidratos. O açúcar é
um Carboidrato,
bem como todas as formas de alimentos
ricas em amidos.
Os
Carboidratos
têm função estrutural da membrana celular
(construtora
ou plástica), fornecimento de uma fracção
significativa
de energia, armazenamento energético nos
animais,
sob a forma de glicogênio e principalmente
nos vegetais,
sob a forma de amido. Também tem função
anticoagulante
(heparina), lubrificante, estrutural
(quitina) e
antigênica (activa o sistema imunológico,
por exemplo,
a alergia causada por crustáceos).
Polissacarídeos
(moléculas de açúcar complexas ou açúcares
múltiplos
são Carboidratos formadas pela união de
mais de
dez moléculas monossacarídeas, os
polissacarídeos
são insolúveis em água; não alteram, pois,
o equilíbrio
osmótico das células e se prestam muito
bem à função
de armazenamento ou reserva nutritiva. De
acordo
com a função que exercem, os
polissacarídeos classificam-se
em energéticos e estruturais;
Polissacarídeos energéticos
têm função de reserva nutritiva. Os mais
importantes
são o amido e o glicogénio) consumidos sob
a forma
de amido ou açucares complexos são
digeridos pelas
enzimas Amilase (enzima que transforma o
amido em
açúcar e está presente na saliva humana,
onde se
inicia o processo químico da digestão),
Maltase
(enzima que catalisa a hidrólise da
maltose em duas
moléculas de glicose. Existe uma Maltase
salivar
e uma Maltase intestinal que contribuem
para a hidrólise
completa do amido alimentar) e Sucrase
(enzima presente
na levedura e na mucosa intestinal que
catalisa
o açúcar de cana em Glucose e fructose).
Como
já foi
dito, a Amilase está presente na saliva
humana sendo
produzida no pâncreas e lançada no
intestino delgado,
que por sua vez produz Maltase e Sucrase. O
produto
final da digestão destes polissacarídeos é
a Glucose,
a energia molecular ou principal fonte de
energia
necessária ao correcto funcionamento
celular.
Com
excepção
do efeito causado pelo exercício físico, a
Glucose
não pode ser absorvida pelas células como
fonte
de energia sem a presença de insulina. A
insulina
é uma hormona produzida e segregada pelo
pâncreas.
Quando o açúcar não consegue chegar às
células para
ser consumido fica na corrente sanguínea
em concentrações
anormais. Estas têm elevadas consequências
para
o corpo humano e são frequentemente a
causa de múltiplos
e terríveis problemas de saúde que os
diabéticos
sofrem.
Obesidade
e/ou a substituição de massa magra por
gordura (que
ocorre naturalmente com o envelhecimento)
faz aumentar
a quantidade de insulina necessária para
fazer chegar
a Glucose às células. As células gordas
produzem
uma substancia hormonal que causa
resistência á
insulina (e que também causam inflamação).
Como
resultado, no caso de um diabético tipo II
que sofra
de obesidade, mesmo que o seu pâncreas
consiga produzir
mais insulina que o de um indivíduo não
diabético,
não terá insulina suficiente para remover o
excesso
de Glucose da corrente sanguínea.
Consequentemente,
acumulam-se enormes quantidades de Glucose
na circulação,
uma condição denominada hiperglicémia.
Caso os Carboidratos
consigam passar no intestino sem que
ocorra uma
total absorção e digestão, o açúcar no
sangue não
sofrerá alterações.
Ambos
os estudos,
em animais e em humanos, demonstraram que o
consumo
de catequinas reduz a acção da Amilase e
da Sucrase,
duas das enzimas digestivas utilizadas
para transformar
os polissacarídeos em Glucose
Num
dos estudos,
a catequina Epigallocatechin galato
(EGCG),encontrada
no Mangostão, reduziu a actividade da
enzima digestiva
alpha-amilase em 50 %!
Os
efeitos
sobre a Amilase e a Sucrase nos indivíduos
dependentes
de doses, significando tal que a
quantidade de catequinas
consumidas aumentou, o efeito de redução
dos níveis
de açúcar no sangue tornou-se mais forte.
Este
efeito
das catequinas no metabolismo do açúcar
ajuda também
a explicar os resultados em vários outros
estudos
realizados em animais e humanos, que
mostraram que
a ingestão de catequinas pode levar a uma
substancial
redução de peso.
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